é meio insano que, até o mês de maio de 2025, ninguém jamais havia se perguntado se deviam inventar um Monster Mango Loco sem açúcar. era uma ideia disruptiva demais, abstrata, coisa de gente maluca que precisa ser banida da sociedade. como assim, meu Deus do céu? tudo bem, eu sei que mangas na vida real não tem açúcar adicionado, mas isso não significa que precisamos remover o açúcar de uma bebida energética que traz tanta alegria para o mundo e para o Brasil. remover o açúcar é remover a felicidade. é necessário, diria até imperativo atrelar nosso bem-estar e alegria à quantidade de açúcar em uma bebida energética. é o que nos diferencia das outras espécies. você não vê uma zebra tomando Monster, pelo menos não na natureza. elas não tem dinheiro pra comprar. bem, juntamente com um cigarro, eu trago notícias. agora tem um Monster Mango Loco sem açúcar
eu não achei ruim.
joguinho de criança
o romhack Super Mariomon
esses dias eu terminei um rom hack de Pokémon Emerald chamado Super MarioMon e meio que não consigo parar de pensar nele. ok, eu estou exagerando; eu penso muito mais em outras coisas e pessoas do que eu penso nessa versão modificada de um jogo da Nintendo feita para parecer um outro jogo da Nintendo, mas isso não significa que ela não é importante. ok, eu estou exagerando; ela não é importante. inclusive, talvez seja uma das coisas menos importantes das quais eu tive acesso em todos os anos em que estive presente no planeta Terra. é, eu acho que é um pouco sobre isso. eu não consigo parar de pensar no quão desimportante Super MarioMon é. e existe uma beleza naquilo que simplesmente não importa
assim, são questões complexas. Super MarioMon, esse nome tão genérico que parece ter vindo de um post de fórum de 2005 onde um fã adolescente sem conhecimento de programação ou modding de videogames sugeriria. “pessoal”, exclama o jovem com uma assinatura de um Charizard shiny logo abaixo da postagem. “…e se fizessem um hack de Pokémon com os personagens do Mario?”. o tópico teria exatamente sete respostas, três delas do criador, uma delas contendo um sprite de um Goomba que ele imaginou ser um inimigo perfeito para a primeira rota do jogo. meio que o Bidoof da geração. você está me acompanhando nesse momento? Super MarioMon parece uma relíquia. um fragmento de um mundo menos cínico, onde a internet era algo que existia apenas no seu computador e em nenhum outro lugar. Super MarioMon, em todos os seus defeitos e glórias e esplendor, foi transplantado diretamente da homepage do Newgrounds de meados dos anos 2000. ele parou em 2025 sabe-se lá como
e ao mesmo tempo, eu não lembro de jogar um romhack de Pokémon tão complexo e tão bem produzido quanto Super MarioMon. são 151 criaturas para capturar, todas baseados no universo Mario — desde opções óbvias como um Yoshi que pode se transformar em um Yoshi de fogo até um Chincho, aquelas múmias levemente mexicanas encontradas na fase levemente mexicana de Super Mario Odyssey. cada um tem um sprite diferente, cada um tem tipos diferentes, cada um tem ataques diferentes. de vez em quando um líder de ginásio é o Waluigi, e você precisa visitar A Cidade de Waluigi para derrotá-lo. às vezes é o Donkey Kong e você derrota ele em um clube de comédia stand-up onde Cranky Kong faz seus shows.
é um jogo que você não precisa pensar em nada. você pode desligar completamente o seu cérebro e fingir que é uma criança ranhenta jogando seu game dos sonhos. eu sempre quis derrotar o Bowser usando o crunch da minha Petey Piranha nível 60. isso satisfaz a parte de mim que nunca saiu dos doze anos de idade
detetive virtual
o último video de Tim Rogers
meu Deus do céu, ele está de volta. após quase três anos sem uma nova obra insana em seu canal insano, o homem insano Tim Rogers lançou, há cerca de um mês, uma análise de nove horas de um jogo que eu nunca joguei na minha vida. às vezes a vida é sobre isso mesmo. eu tenho algum interesse em jogar L.A. Noire em algum ponto, mesmo que baixo, da minha vida? não. diria que é próxima do zero. mas se o Tim Rogers falar sobre, eu paro tudo que estiver fazendo para assistí-lo ou escutá-lo ou lê-lo. eu sou assim mesmo. uma completa hipócrita
eu tenho uma relação muito forte com o trabalho do Tim Rogers; diria que eu aprendi a escrever de verdade quando, há cerca de dois anos, peguei para ler todos os textos no seu finado site actionbutton.net. é algo sobre o jeito que ele consegue escrever muito sobre assuntos completamente triviais ao mesmo tempo injetando pequenas histórias da sua vida que podem ou não ter relevância com o assunto abordado — e sendo sincera, eu amo quando não tem relevância com o assunto abordado. action button reviews boku no natsuyasumi é o melhot vídeo do YouTube, por mais que eu não tenha o escolhido quando fiz uma newsletter exatamente sobre isso. Tim Rogers é uma personalidade fascinante. e o seu novo vídeo é meio chato
tudo bem. não tem problema. eu quase sinto que ele foi feito para ser chato. isso não é um vídeo normal do Action Button. é praticamente um resumo de uma outra obra. tudo bem, isso tem muito mais mérito artístico do que qualquer vídeo de 17 minutos que se vende como uma análise psicológica de Twin Peaks mas na verdade é 17 minutos de uma pessoa te contando o que acontece na série. durante as nove horas de ACTION BUTTON PICTURES PRESENTS "LOS ANGELES NOIRE", Tim Rogers finge que é um detetive. um detetive recontando todos os casos que o protagonista Cole Phelps, com uma vozinha de detetive e uma entonação e, principalmente, uma escrita de detetive. é um filme noir em forma de vídeo de YouTube
e tem momentos em que isso é interessante, mas eu acho que depois de umas oito horas assistindo a mesma coisa, é fácil perder o interesse no que está sendo contado. é quase como se fosse um vídeo feito para ficar rodando na televisão enquanto você faz outras coisas pela casa. de vez em quando você para na frente da televisão com os braços cruzados, tal qual um pai assistindo Chapecoense x Amazonas pela Série B, mas lembra que não terminou de lavar a louça e vai fazer o que é preciso. eu não sei nem dizer ao certo se eu assisti esse vídeo. eu assisti partes, fragmentos que talvez totalizem umas quatro horas. talvez essa fosse a intenção. talvez tudo é uma grande piada. eu não sei o que passa na cabeça de Tim Rogers, e de vez em quando eu tenho medo de descobrir
é muito texto
as 250 ideias para textos
olá! aparentemente, pelo que eu vi, vocês gostaram da última edição da eu destruirei vocês. obrigada, isso faz muito bem para o meu ego. ao longo dos últimos dias, várias pessoas utilizaram algumas ideias da lista para criar seus próprios textos, o que, admito, me deixou um pouco emocionadinha. e nas minhas redes sociais, eu comentei que compartilharia na eu destruirei vocês quem postasse um texto inspirado pelas 250 ideias. esse é o momento para isso. muito obrigada a todo mundo que contribuiu! eu gostei muito de todos eles. agora, com licença. escolherei aleatoriamente um assunto para escrever sobre.
89. qual a coisa mais difícil que você já fez?
sei lá
ah, e uma última informação: amanhã, quinta-feira, 5 de junho, 20:30h, na Fundação Cultural de Criciúma, rolará uma performance de funeral do curso de Teatro da Unesc. eu estarei lá, e se você não estiver, eu ficarei bem chateada. mais informações no instagram teatrounesc_
eu até poderia linkar aqui, mas eu meio que usei todos os caracteres possíveis nessa edição, pelo visto. o Substack não está me deixando escrever mais. calhordas
isa, sem brincadeira, talvez você seja meu Tim Rogers. Mas por favor, não faça um vídeo de 9 horas. De 4 horas eu dou um jeito de ver até, de 9 vai ser puxado.
acho legal que cada frase iniciou com letra minúscula, mas não ousamos escrever deus com d minúsculo