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eu destruirei vocês #88: o filme do momento
filmes, Coca-Cola de League of Legends e o reboot de Futurama
pra quem achava que a binaridade do gênero estava em decaída nos últimos tempos, a dicotomia Barbie/Oppenheimer chegou para mostrar que essa instituição segue firme e forte. veja bem: Barbie é rosa, e Oppenheimer é cinza. por isso, desde que a data de lançamento dos filmes foi anunciada meses atrás, a galera divertida da internet não para de fazer cômicos & hilários memes sobre Barbie ser um filme para garotas e Oppenheimer, um filme para garotos — principalmente em decorrência do fato de ser baseado na franquia Max Steel
infelizmente, não consegui ingressos para o filme da Barbie até agora, já que todas as pessoas do mundo decidiram que precisam assisti-lo e fizeram algo impensável: compraram ingressos antecipados. você está chegando no cinema pra assistir um filme e aí descobre que a sala já está lotada e que a sua única opção para o dia é ir ver o que? um filme de bomba atômica. e já que eu estava lá mesmo, fui ver Oppenheimer ao invés de Barbie. e preciso dizer: essa foi uma das experiências mais estranhas que eu tive com um filme em muito tempo
se você assistir os trailers de Oppenheimer, achará que está prestes a ver um filme sério, que lida com questões complicadas e possui um elenco com inúmeras estrelas de Hollywood. basicamente, uma película sobre o criador da bomba atômica. mas quando o filme começa, é algo completamente diferente: o Oppenheimer que eu assisti parecia muito mais uma divertida comédia cheia de ironia, sarcasmo e a cor rosa do que um drama histórico
a primeira meia hora do filme, por exemplo, me deixou extremamente confusa. o físico estadunidense J. Robert Oppenheimer, personagem principal da trama, foi transformado em uma mulher branca loira que vive em um mundo chamado Barbielândia — talvez o diretor Christopher Nolan achou que a história precisava de um pouco mais de representatividade e decidiu fazer algo parecido com o reboot feminino de Ghostbusters, porém com mais bomba atômica.
mas será que essa mudança era mesmo necessária? será que não existem mulheres reais que também criaram a bomba atômica? as suas histórias também não merecem ser contadas?
ao longo da película, as mudanças na história original foram ficando cada vez mais perceptíveis. apesar dele ser a estrela de todo o material promocional do filme, Cillian Murphy aparece pouquíssimo em Oppenheimer — a única vez que eu o vi foi durante uma cena da Segunda Guerra Mundial em que diversos personagens chamados Ken batalham entre si, e eu nem tenho certeza se era ele mesmo, já que havia dezenas de atores na tela neste momento
apesar de tudo, acredito que o filme possui vários pontos fortes. além de toda a quebra de expectativas causada pelos trailers, que fazem você acreditar que estará assistindo um filme completamente diferente, a atuação das estrelas da película é digna de Oscar — Michael Cera, por exemplo, arrasa como o presidente Harry S. Truman, e Ryan Gosling como uma versão fictícia de Joseph Stalin também roubou a cena
fora que os sets da versão fictícia dos Estados Unidos da América são extremamente bem feitos — a casa onde J. Robert Oppenheimer vive com suas amigas é um primor da arquitetura dos anos 50, claramente inspirada por casas de boneca da época
outra coisa que eu achei muito curiosa não é necessariamente sobre o filme, mas sim a experiência: se alguém souber me explicar por que diabos todo mundo na minha sessão estava vestido de rosa, eu agradeço
capitalismo
a Coca-Cola de League of Legends
tem vezes que nós só precisamos parar, respirar fundo e agradecer por Deus ser tão bom e misericordioso com o criador de conteúdo moderno. nos maiores momentos de aperto e sofrimento que a vida nos traz, parece que Ele decide intervir e jogar fora todos os nossos tormentos, tudo aquilo que nos aflige, todas as dúvidas que tínhamos. “será que o que eu estou fazendo é o certo?” é uma pergunta recorrente em nossas vidas. será que eu realmente estou contribuindo para a comunidade ao meu redor? será que tudo isso vale a pena? claro que sim. Deus manda um sinal quando a gente mais precisa. Deus nos manda uma Coca-Cola temática de League of Legends
jamais existiu um produto mais fácil de fazer piadas do que uma Coca-Cola de League of Legends. o texto praticamente se escreve sozinho: Coca-Cola sabor intankável. Coca-Cola sabor F no chat. Coca-Cola sabor 60 reais em uma skin. Coca-Cola sabor bora Valorant. Coca-Cola sabor pornô de boneco 3D. Coca-Cola sabor live do Maicon Küster. Coca-Cola sabor server +18 no Discord. Coca-Cola sabor decepção para os seus pais. Coca-Cola sabor técnico de TI. Coca-Cola sabor CBLOL no SporTV 3. Coca-Cola sabor e-sports nas Olimpíadas. Coca-Cola sabor paiN. Coca-Cola sabor perdi dez anos da minha vida jogando isso mas não consigo parar. Coca-Cola sabor tenho medo de mulher. Coca-Cola sabor misoginia.
talvez a Coca-Cola de League of Legends seja o produto até hoje que mais me fez pensar que todos iremos sufocar lenta e perpetuamente no planeta Terra até não sobrar mais nada além de cinco ultracorporações, uma dúzia de trilionários repassando dinheiro uns para os outros e uma liga de futebol na Arábia Saudita. o futuro é isso, não adianta fugir. o ser humano precisa entender que não é natural, não é normal olhar para uma prateleira de supermercado e encontrar quase uma dezena de variações diferentes de Coca-Cola.
uma delas tem café, porque algumas pessoas gostam de energético. outra delas é light, porque muitas pessoas hoje em dia se preocupam mais com a sua saúde e preferem não ingerir uma quantidade absurda de açúcar em uma lata. outra delas é a normal, porque a maioria das pessoas não se importa em ingerir uma quantidade absurda de açúcar em uma lata. outra delas é a zero açúcar, que é zero açúcar. uma delas é do League of Legends. as pessoas falam que Cuba é uma distopia por supostamente não ter produtos diversificados nos supermercados, mas eles estão é certos. eles nunca erraram em nenhum momento. não precisa existir tanta Coca-Cola e todo mundo vai morrer esmagado pelo pé do Monty Python metafórico que é o capitalismo
a Coca-Cola de League of Legends foi anunciada oficialmente no dia 13 de junho de 2023, mesma data em que o autor Cormac McCarthy faleceu e que press kits do produto foram enviados para influenciadores famosos na comunidade do game. usuários do Instagram famosos no mundo da publicidade, que possuem nomes como Publicitário Nerd, também receberam gratuitamente o produto, em troca de uma postagem ou um simples story mostrando que ele não precisou pagar por este produto em nenhum momento, mas que mesmo assim esse é um ótimo produto. seus seguidores sabem que isso não é o que ele realmente pensa, mas eles ficam quietos. apontar que a empolgação de um influencer por um produto é falsa não é recomendado. ele recebeu aquilo de graça, e se quiser continuar recebendo coisas de graça, não pode reclamar de absolutamente nada. segundo estes influencers, a Coca-Cola de League of Legends é ótima
a Coca-Cola de League of Legends foi anunciada oficialmente no dia 13 de junho de 2023, porém chegou em Criciúma apenas na semana passada — afinal, as únicas cidades no Brasil que realmente importam de verdade são Rio de Janeiro e São Paulo. ela foi adquirida por mim durante uma visita ao Bistek Supermercado, localizada na rua Dolário dos Santos, próximo ao antigo Corpo de Bombeiros da cidade. recentemente, o Bistek Supermercado iniciou uma ampla reforma em suas dependências e, em breve, o espaço contará com uma academia 24 horas, praça de alimentação e lojas anexadas. para isso, a empresa precisou cortar dezenas de árvores que ficavam em seu terreno. a Coca-Cola de League of Legends custou R$2,97
a Coca-Cola de League of Legends tem sabor de caramelo e é OK.
o jogo da seleção feminina segunda-feira me fez ir atrás daquele gol antológico da Marta contra os Estados Unidos na semifinal da Copa do Mundo de 2007, mas eu nunca tinha assistido os melhores momentos da partida. essa talvez tenha sido a atuação mais incrível de um time de futebol na história do esporte, sei lá. o que a Marta e a Formiga fizeram nesse jogo é inacreditável. se tivesse sido 10 a 0 não seria nenhum exagero
assisti o primeiro episódio do novo reboot de Futurama, que já está no Star+. pra mim não é um reboot de Futurama, mas sim um reboot do reboot de Futurama. a quantidade de piadinhas com assuntos contemporâneos está em um nível elevadíssimo. aparentemente vai ter uma episódio sobre Covid. eu não quero isso.
isso aqui, porém, está com cara de ser ótimo. surpreendentemente
não vou falar sobre o Elon Musk essa semana
eu destruirei vocês #88: o filme do momento
Eu não sabia q era review de barbenheimer q eu precisava até ler ele!!
P.s. eu sinto como se já tivesse visitado Criciúma graças a essa news haha genial sua escrita Isa!!!
Eu vou além: eu não quero episódios de COVID de nenhum programa