eu destruirei vocês

eu destruirei vocês

Share this post

eu destruirei vocês
eu destruirei vocês
eu destruirei vocês #X2: música estranha feita por gente estranha
Copy link
Facebook
Email
Notes
More

eu destruirei vocês #X2: música estranha feita por gente estranha

curtas-metragens & comerciais do David Lynch, caneta azul, azul caneta e washi tape

isabela thomé's avatar
isabela thomé
Jan 09, 2023
∙ Paid
6

Share this post

eu destruirei vocês
eu destruirei vocês
eu destruirei vocês #X2: música estranha feita por gente estranha
Copy link
Facebook
Email
Notes
More
5
Share

uma das experiências com arte que mais moldaram quem eu sou foi quando em 2013, nas férias de verão da escola, aos 16 anos de idade e com uma conta da Netflix e um sonho, maratonei as até então duas temporadas de Twin Peaks. para aquela adolescente que havia acabado de reprovar em física, química e matemática, foi um momento único: a descoberta de que entender alguma obra de arte não é necessariamente importante, e que algo quase incompreensível pode ter um efeito tão grande quanto algo com uma história explícita e coerente. os efeitos que as cenas do black lodge tiveram em mim foram enormes e eu seria uns 50% menos maluca se nunca tivesse assistido aquilo

e foi a partir desse momento que eu fiquei fascinada pela filmografia do David Lynch. reassisti Twin Peaks logo depois de terminar e fiz uma imersão nos filmes dele — foi onde eu descobri que Eraserhead é a maior obra de arte do século XX, Império dos Sonhos é a maior do século XXI e que Duna realmente é muito ruim. mas eu gosto até de On the Air, aquela sitcom bizarra que ele fez com o Mark Frost logo depois do Dale Cooper quebrar o espelho

só que o David Lynch não fez só filmes e séries de televisão. a quantidade de curtas-metragens e comerciais de perfume & outros produtos que ele já dirigiu é colossal, e grande parte desses trabalhos é completamente ignorada — ao ponto de alguns deles terem menos de quinze mil visualizações no YouTube, e até os últimos clipes do Felipe Dylon tem mais alcance do que isso. esse inclusive é o caso daquele que é o meu curta-metragem favorito do David Lynch: Absurda, de 2007. 12,394 visualizações

uma sala de cinema gravada em uma posição fixa por dois minutos e trinta e um segundos conta a história de um assassinato inesperado — a arma do crime foi uma tesoura. pra mim, o que o David Lynch faz de melhor é terror, e esse curta é quase como se fosse um mini-curso de lynchianismos: temos os rostos distorcidos, os modelos 3D quase primitivos, a fumaça branca denotando que alguma coisa tá errada e a perplexidade e confusão mental de quem está sofrendo nas mãos do destino criado pelo Lynch. mortes, gritos e danças: tudo que um bom filme precisa ter

Keep reading with a 7-day free trial

Subscribe to eu destruirei vocês to keep reading this post and get 7 days of free access to the full post archives.

Already a paid subscriber? Sign in
© 2025 isabela thomé
Privacy ∙ Terms ∙ Collection notice
Start writingGet the app
Substack is the home for great culture

Share

Copy link
Facebook
Email
Notes
More