eu destruirei vocês #X3: laçando as redes internéticas
jogos dos Simpsons para Game Boy, Neil Young trans e 𝑚𝑎𝑖𝑠
um dos fenômenos mais curiosos observados na história da música é o fato de ninguém ter passado ileso pela década de 1980. absolutamente todas as grandes estrelas do pop/rock dos anos 1960 e 1970 ou lançaram um disco horroroso nessa época ou, na maioria dos casos, apenas discos horrorosos — obras de arte contendo as canções mais sem inspiração, bregas e sintetizadas já gravadas por um ser humano
foi uma década que pode ser descrita como uma grande crise de identidade pra esse povo. de repente, o tipo de música que eles produziam não era mais relevante — ninguém mais queria saber de guitarras e baterias de verdade, o pessoal estava gostando mesmo é de bateria eletrônica. pra que eu vou querer ouvir o novo álbum de covers de clássicos do rock dos anos 50 lançado exclusivamente na União Soviética que o Paul McCartney fez se eu posso escutar as mais foda da Madonna, sabe?
basicamente o que aconteceu foi que esses artistas, em sua grande maioria, não souberam se renovar — e quando a água bateu na bunda e eles foram obrigados a realizar essa renovação, não tinham ideia do que estavam fazendo. é por isso que os Beach Boys gravaram um cover hip-hop de Wipe Out, os Kinks fizeram uma canção dançante sobre um incêndio numa pista de boliche, o Lou Reed gravou um rap vergonhoso e o John Lennon morreu
mas no meio de tantos Never Let Me Down e Dylan & The Dead, de repente, como mágica, aparecia algo especial debaixo de todo o chorume. é o caso de Trans, disco do Neil Young lançado em 1983. ele realmente falou cadê o banheiro dos não-binários
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