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Henrique Sandri Zimermam's avatar

Esse teu texto me fez refletir um pouco a respeito de coisas que eram comuns pra mim no passado e que hoje não são mais. Quando criança, eu visitava várias vezes por ano o cemitério da minha cidade natal. Meu pai faleceu logo depois de eu nascer, então para mim era comum ir até lá para levar flores, acender velas e rezar um pouco, com o passar do tempo, isso foi deixando de ser tão frequente, acredito que conforme o tempo passa, acabamos nos acostumando com a ideia de que alguém que a gente ama (sem mesmo ter conhecido direito) não está mais entre nós.

Quando eu era pequeno, o único motivo de ir ao cemitério era para "visitar" o meu pai, mas com o passar dos anos, o número de entes sepultados nesse mesmo cemitério foi aumentando, primeiro minha avó materna, depois meu irmão, então meu avô paterno e mais recentemente, meu avô materno, entretanto, minhas visitas não aumentaram proporcionalmente ao número de pessoas queridas pra mim que estão "descansando" lá, não tenho dúvidas que o fato de não acreditar em Deus tenha contribuído para isso, mas sou sincero em confessar que as vezes simplesmente quero evitar a sensação de chegar lá e ver que essas pessoas realmente se foram, o que contrapõem a ideia que de que vamos nos acostumando com isso, as vezes simplesmente preferimos ignorar ou então, pensar em outras coisas.

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Márin Haela's avatar

um dos seus melhores textos. me faz pensar em um parente meu que morreu aos 40 em 2021 por complicações no pulmão (não relacionadas ao covid). Isso me afetou muito, e eu comecei a agir como se o futuro não existisse. Usei muita droga, passei muitas noites em claro. O futuro existe, e ele vai ser ocupado por alguém. espero poder ver um pedaço

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